O que o turismo tem a ver com a conservação ambiental? Essa foi a pergunta que o painel “Viagem com consciência ambiental: o papel transformador da natureza no desenvolvimento de pessoas e lugares”, realizado no Salão do Turismo: Conheça o Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), buscou responder.
O benefício mútuo entre o ser humano e a natureza teve destaque entre os palestrantes Luiz del Vigna, diretor executivo da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Natureza (ABETA); Hugo de Castro, presidente da Associação Rede Brasileira de Trilhas, e Pedro da Cunha Menezes, diretor de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
“Enquanto não entendermos que o turismo é uma ferramenta de preservação ambiental, a gente não evolui”, apontou Pedro Menezes, que relatou como áreas preservadas para visitação e turismo têm atuado na conscientização da população sobre a necessidade de estreitar laços entre humanidade e natureza. “Nós só conseguimos fazer uma pessoa preservar o meio ambiente através da conscientização, e nada melhor, para conscientizar alguém, do que mostrar as vantagens mútuas que esse contato pode trazer”, destacou o convidado.
Entre as suas andanças por trilhas dentro e fora do Brasil, o presidente da ABETA ressaltou como o contato com a natureza pode trazer benefícios para a saúde física e mental das pessoas. “Viagem na natureza é mais barato do que medicamento. Quem gosta de viajar pela natureza respira ar puro, faz exercício físico, espairece a mente. Nós gastaríamos muito menos com médicos e remédios se descobrirmos os benefícios que estar constantemente ao ar livre nos traz”, comentou Luiz del Vigna.
Já o presidente da Associação Rede Brasileira de Trilhas mostrou, em números, como o cuidado com a conservação ambiental e o turismo de natureza pode ser rentável não apenas à sociedade, mas principalmente para a população local, que se beneficia da geração de emprego e renda por meio do turismo de base comunitária. “Só em 2018, foram gerados cerca de 90 mil empregos; R$ 2,7 bilhões em renda; R$ 1,1 bilhão em impostos e R$ 3,8 bilhões em valor agregado ao PIB”, informou Hugo de Castro.
Para a coordenadora-geral de Produtos e Experiências Turísticas do Ministério do Turismo, Fabiana Oliveira, moderadora do painel, a fala dos três convidados não deixa dúvidas de que conservação ambiental, sustentabilidade, rentabilidade e saúde mental podem e andam juntos. “É por isso que o Ministério do Turismo trouxe essas pessoas aqui, para nos ajudar a entender que estamos todos interligados e que a preservação ambiental gera benefícios para todos os lados, concluiu.
NÚCLEO DO CONHECIMENTO – Debates não vão faltar no Salão do Turismo. Serão cerca de 90 palestras e mais de 40 painéis com representantes do MTur e demais parceiros. A ideia é promover um grande intercâmbio de informações e a troca de experiências, discutindo as políticas públicas do setor e projetos que impulsionam o desenvolvimento do turismo de forma responsável e inclusiva. (Confira AQUI a programação completa do Salão do Turismo)
Temas como sustentabilidade, COP 30, investimentos no turismo, acessibilidade e boas práticas do turismo nacional marcarão os debates, entre os dias 08 e 10 de agosto. Na programação, reuniões sobre segurança turística e a Estratégia Destinos Turísticos Inteligentes (DTI), além do “Encontro de Negócios Sebrae”, que busca fortalecer micro e pequenos empresários do setor turístico, também estão agendadas.
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Por Cláudia Bispo/Mtur
Crédito: Roberto Castro/MTur