A cidade de Colares, a 102 quilômetros de Belém, no nordeste do Pará, se levantou para protestar contra o ministro do Turismo, Celso Sabino, que está lançando sua irmã, Cilene Sabino, pré-candidata ao cargo de prefeita do município, onde ela teria chegado há cerca de três meses já impondo receber o título de cidadã local, sem ter sequer levado qualquer contribuição à população, proposição que foi retirada de pauta pelos vereadores ligados ao seu irmão ministro, em virtude da péssima repercussão causada entre os habitantes da cidade. A pretensa pré-candidata pisa pela primeira vez em Colares sem conhecer a cidade, a zona rural, seu povo, sua cultura e costumes.
A pré-candidata, para chegar onde está, teria passado por cima de nomes como Noé Palheta, que não tem mais como concorrer, em razão de arquiteturas políticas previamente preparadas, e do PDT, que tem dez nomes para a Câmara de Vereadores e também está impossibilitado de participar do pleito democrático de outubro deste ano. A história ganhou as redes sociais, por onde a população se manifesta informando não ter nas manifestações pessoas “compradas”, mas sim, funcionários públicos, aposentados, trabalhadores rurais, professores e demais profissionais que querem direito de vez, voz e voto.
E ontem, os grupos políticos que se sentem prejudicados com as ações arbitrárias do ministro e sua irmã, se reuniram para fazer uma manifestação democrática cobrando deles o direito das pessoas serem candidatas, que devolvam os partidos e que o povo decida. No caso de Noé Palheta, do PP, o partido lhe teria sido tirado das mãos, o mesmo ocorrendo em relação aos pedetistas, tudo por engendramento do ministro do Turismo.
Utilizando faixas e cartazes, as duas caminhadas se encontraram e nenhuma recuou, obrigando que o ato de Cilene Sabino ocorresse no meio da rua. Para completar a situação, o ministro teria dito que chegou com sua irmã “para libertar o povo colariense da escravidão”. Assim, a cidade se levantou e mostrou ao casal de irmãos a sua força e a sua indignação pelas injustiças cometidas, numa demonstração de que o povo de Colares não admitirá as imposições do titular do ministério e presidente do União Brasil.
O morador João Brito era um dos mais indignados com a situação.
“É um absurdo que forasteiros cheguem somente em período eleitoral para querer tentar enganar nossa gente com sua conversa fiada. Não vamos admitir que pessoas sem nenhuma identidade com nossa realidade tentem nos enganar com suas falsas promessas”, ressaltou o professor.
Procurado, o ministro Celso Sabino ainda não manifestou sua posição. Fica, aqui, o espaço aberto para sua versão dos fatos.
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