STF justifica licitação de monitoramento de Redes Sociais

O Supremo Tribunal Federal (STF) justificou, a licitação para monitorar conteúdos em tempo real sobre a Corte nas redes sociais. O serviço custou aproximadamente R$ 350 mil.

“Trata-se de uma espécie de clipagem do conteúdo público, como já ocorre com os jornais e os sites jornalísticos, uma vez que o acompanhamento manual se tornou inviável diante da quantidade de menções registradas diariamente sobre o tribunal”, informou a Corte. “Uma ferramenta de trabalho da Comunicação Social sem relação com a atividade jurisdicional.”

Ainda de acordo com o tribunal, o objetivo da compra “é identificar os temas abordados e ter maior clareza sobre os assuntos colocados no debate público para criar, a partir disso, conteúdos explicativos ou informativos sobre a atuação do tribunal”. “Serão pesquisados temas, e não pessoas”, enfatizou o STF.

Em 28 de maio, Oeste revelou a compra do tribunal. A imprensa tradicional, contudo, se ateve ao caso apenas nesta semana. Conforme o contrato, que tem duração de 12 meses, a empresa vencedora terá de “mostrar a evolução da imagem do STF, além de indicar os assuntos mais relevantes abordados pelos usuários, a classificação dos registros (positivo, negativo e neutro), a identificação das principais fontes influenciadoras e detratoras e a sugestão de aprimoramento da comunicação com esses públicos”.

Leia a nota completa do Supremo Tribunal Federal
“O Supremo Tribunal Federal vai contratar uma ferramenta de acompanhamento das redes sociais, a exemplo do que já ocorre em todos os demais tribunais superiores, em razão do número elevado de menções à Corte e aos 11 ministros em todas as plataformas.

Trata-se de uma espécie de clipagem do conteúdo público, como já ocorre com os jornais e os sites jornalísticos, uma vez que o acompanhamento manual se tornou inviável diante da quantidade de menções registradas diariamente sobre o tribunal. Uma ferramenta de trabalho da Comunicação Social sem relação com a atividade jurisdicional.

O objetivo é identificar os temas abordados e ter maior clareza sobre os assuntos colocados no debate público para criar, a partir disso, conteúdos explicativos ou informativos sobre a atuação do Tribunal. Serão pesquisados temas e não pessoas.

Empresas especializadas dispõem de plataformas digitais capazes de acessar e organizar os dados relativos ao STF e só trabalham com dados públicos. Os parâmetros de busca incluem temas relacionados aos julgamentos em curso no STF e outros ligados ao Tribunal que sejam de interesse público.

Não há nenhum tipo de vinculação com órgãos investigativos e o conteúdo obtido não será utilizado para fins de investigação contra qualquer usuário. Também não há relação com trabalho de outros tribunais, já que cada órgão conta com estruturas e contratos próprios para mapear sua presença digital.

Ações organizadas na internet são aquelas em que os usuários discutem temas por meio de uma hashtag, por exemplo, mas que podem eventualmente demandar explicações por parte da Comunicação Social”.

Fonte Revista Oeste
Foto: Ton Molina/Estadão