O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), disse nesta sexta-feira (24), durante entrevista coletiva, que considera reativar temporariamente o Lixão do Aurá para receber os resíduos sólidos da capital paraense.
A medida seria a alternativa adotada pelo município de Belém, sede da próxima Conferência do Clima da ONU (COP 30), após o encerramento das atividades do aterro de Marituba, previsto para o dia 30 de novembro deste ano.
O g1 solicitou um posicionamento à Prefeitura de Belém e a Secretaria de Saneamento do Município e aguarda retorno.
Lixão na Grande Belém
Localizado em Ananindeua, o Lixão do Aurá começou a funcionar em 1990. O local recebia apenas de Belém 1.800 toneladas de lixo por dia. Cerca de 70% do material coletado era lixo doméstico.
Segundo Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), todos os lixões do país deveriam ter sido fechados até 2 de agosto de 2014. Porém, até aquela data, 60% dos municípios estavam em situação irregular.
Os municípios da Grande Belém estão entre os que não conseguiram cumprir as prioridades da PNRS. Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará continuaram depositando resíduos no Lixão do Aurá, mesmo após o prazo inicialmente estabelecido pela PNRS.
A desativação oficial do Aurá ocorreu apenas em 5 de julho de 2015, aproximadamente um ano após a data limite da Política Nacional de Resíduos.
Estima-se que cerca de 2 mil catadores trabalhavam no lixão do Aurá. Na época, temendo não ter como se sustentar, catadores protestaram contra o fechamento e reclamaram que as vagas abertas nas cooperativas de reciclagem criadas eram insuficientes.
Mesmo anos após a desativação, o lixão ainda recebe lixo clandestino, tem catadores e é atingido por incêndios, afetando moradores, que reclamam de falta de fiscalização.
Fonte: G1 Pará/ Foto: Edenilton Marques / TV Liberal