A Ucrânia tem utilizado drones para realizar diversos ataques (muitos bem-sucedidos) contra a frota naval russa no Mar Negro. No início de fevereiro, por exemplo, equipamentos marítimos não tripulados afundaram o navio de guerra Ivanovets, avaliado em US$ 70 milhões (quase R$ 350 milhões).
Por outro lado, drones desenvolvidos pelo Irã foram adicionados ao arsenal da Rússia e são constantemente empregados em bombardeios realizados contra o território ucraniano. A tecnologia iraniana ainda foi utilizada durante um ataque que matou três militares dos Estados Unidos em uma base na Jordânia no final de janeiro deste ano.
Neste caso específico, os drones, que são produzidos pelo Shahed Aviation Industries Research Center, uma empresa iraniana administrada pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, custam “apenas” cerca de US$ 20 mil (menos de R$ 100 mil).
Os equipamentos também estão servindo ao propósito dos houthis, grupo rebelde iemenita. Eles têm utilizado as tecnologias para atacar navios civis e militares no Golfo de Áden, causando prejuízos bilionários ao comércio internacional.
Ou seja, a eficácia dos drones nos ataques, combinada ao baixo custo de produção e compra, faz destes equipamentos uma verdadeira revolução militar. Mas especialistas concordam que o ápice da tecnologia ainda está por vir.
Inteligência artificial do filme Odisséia no Espaço
Inteligência artificial pode aumentar ainda mais a eficácia dos ataques com drones.
IA provocará revolução militar
O avanço da IA permitirá que enxames de drones sejam guiados para o alvo com ainda mais precisão.
E até mesmo poderá “driblar” defesas existentes em navios de guerra, por exemplo.
Isso, dizem os analistas, levará os ataques com drones a outra escala de magnitude, o que pode, inclusive, mudar o equilíbrio militar atual.
Nações que dependem de sistemas grandes e caros, como porta-aviões, aeronaves ou mesmo tanques de guerra, podem se ver vulneráveis contra um adversário que implanta uma variedade de armas não tripuladas de baixo custo, facilmente dispersas e de longo alcance.
É por isso que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos está investindo fortemente na criação de um exército de drones militares.
Além disso, já está pesquisando uma “interface cérebro-computador”, uma via de comunicação direta entre os soldados humanos e uma IA.
Veremos como outros países irão se comportar neste sentido.
As informações são do The Wall Street Journal.
Por Alessandro Di Lorenzo
Imagem: Mike Mareen/Shutterstock/Olhar Digital