Comunidades remotas da Região Norte do país estão contando com uma ferramenta eletrônica de acesso a conhecimento, entretenimento e orientação confiável. O JW Box é um roteador importado da Holanda com um software adaptado para as necessidades do Brasil. São 64 unidades do aparelho espalhadas em toda a região amazônica, beneficiando milhares de usuários. O objetivo é disponibilizar o conteúdo do site jw.org para localidades onde há pouco ou nenhum acesso à internet. Educação de filhos, como ter uma saúde melhor, lidar com estresse e depressão e ter bons relacionamentos são alguns dos muitos assuntos oferecidos gratuitamente para o público.
Acessar informações com esse equipamento é bem simples: basta conectar o smartphone, tablet ou notebook ao sinal wi-fi do JW Box. Até mesmo os que possuem aparelhos mais antigos ou mais simples conseguem baixar publicações e vídeos sem nenhum custo. Esses dispositivos ficam nos locais de reunião das Testemunhas de Jeová ou são levados para as comunidades sem conexões à rede. No Amazonas, por exemplo, eles seguem de barco para cidades vizinhas, onde são atualizados e depois devolvidos para o benefício de comunidades remotas.
Júlio Montes é voluntário em São Gabriel da Cachoeira, AM. Ele explica que a internet da região é cara e muitos não ganham o suficiente para arcar com a despesa. Montes ainda relata que o JW Box trouxe muita praticidade. “Antigamente, alguns acordavam de madrugada para conseguir um sinal melhor. Essa ferramenta trouxe mais independência para as pessoas”, acrescenta.
No Brasil, o JW Box oferece informações em cinco idiomas, dentre esses a língua brasileira de sinais, o espanhol e os idiomas indígenas ticuna e sateré-mawé. Em breve, tucano, baniua e o nheengatu também serão incluídos. Para o porta-voz das Testemunhas de Jeová, Kleber Barreto, o objetivo principal desta ferramenta não é meramente religioso. “Esse dispositivo conduz fontes confiáveis de instruções para toda a família. Isso possibilita, de modo geral, que os usuários sejam melhores cidadãos na comunidade onde vivem”, complementa.
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