A ARTAN e a ARCON estão chupando manga quando o assunto é fiscalizar o transporte público de passageiros da capital paraense até o município de Santo Antônio do Tauá, no nordeste do Estado. Os veículos da COOPTAUÁ não têm hora para as viagens, não têm ar-condicionado, os bancos são imundos, assim como o interior dos micro-ônibus. Para completar, as gratuidades asseguradas por lei não são concedidas aos usuários, em total desrespeito às normas que regem o serviço público de transporte de passageiros.
Moradores da cidade de Santo Antônio do Tauá reclamam o tempo todo. Muitos já procuraram as agências reguladoras, tais como ARTAN e a Arcon, porém, nada de providência foi adotada até esta data.
No bojo das reclamações, que acontecem a todo dia e toda hora, também estão citadas a ausência de cintos de segurança, extintores de incêndio, alta velocidade empreendida pelos motoristas, a maioria, brutos e a presença de vendedores ambulantes dentro dos carros, o que incomoda os passageiros.
Conforme informações de usuários à reportagem do Jornal PASSAPORTE, a prática de abusos pela COPTAUÁ, que opera o transporte para Santo Antônio do Tauá, ocorre há muito tempo, desde que foi desativada a linha de ônibus oficial da cidade, que era operada pela empresa Estrela do Mar.
“Várias empresas de transporte de passageiros fecharam as portas. É o caso da Estrela do Mar, da Excelsior. Quem dependia desses ônibus ficou sem transporte. Aí, todo mundo tem de se sujeitar à COOPTAUÁ. Não há horário certo. Tem dias que nem tem veículos para o transporte diário. Pior, é que os órgãos do Estado, como ARTAN e a Arcon, não estão nem aí pra gente que está aqui sofrendo todos os abusos. Vejam as condições desses carros”, desabafa uma senhora, que teve de pagar a passagem para a cobradora da van, Deusa Maria de Souza Faro, via PIX, mesmo essa pessoa tendo direito a gratuidade. E a cobradora falou que o dono da empresa já falou: enquanto o preço da passagem não aumentar, não tem ar-condicionado nos ônibus. Passageiros vão enfrentar o calorzão do verão amazônico, que não é sopa naquela parte do nordeste paraense.
Os usuários pedem que os órgãos do Estado tomem providências para regular o serviço e abram concorrência para empresas de transporte de passageiros atuarem no trajeto entre Belém e Santo Antônio do Tauá.
Do Jornal PASSAPORTE