Oito negócios comunitários da Ilha do Marajó realizaram o mapeamento de serviços prioritários no seu ecossistema, como assessoria em gestão, assessoria jurídica, articulação social de base e serviços logísticos, durante a oficina do Projeto Marajó Resiliente, realizada nos dias 11 e 12 de março, pelo Instituto Conexões Sustentáveis – Conexsus. Durante a oficina, representantes de associações e cooperativas dos municípios de Soure, Salvaterra e Cachoeira do Arari, identificaram que apenas 25% das NCs participantes acessam estes serviços, destacando ainda que a maioria aponta financiamento e soluções comerciais como itens essenciais para o seu desenvolvimento.
A oficina contou com o apoio do Fundo Clima Verde (GCF) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID PAN), com o objetivo de mapear soluções, parceiros, prestadores de serviços, além de produzir avaliações gerais sobre as redes de cooperação e apoio de NCs na Ilha do Marajó, no Pará.
A próxima etapa do projeto Marajó Resiliente será a seleção de negócios para integrar o projeto. Em seguida, haverá a aplicação do Formulário Trilhas de Desenvolvimento de Negócios Comunitários, uma ferramenta exclusiva da Conexsus, que apresenta o diagnóstico de maturidade organizacional do negócio e três aspectos: gestão e governança, atuação como negócio e impacto socioambiental, pilares para o desenvolvimento de associação e cooperativas participantes. O mapeamento permitiu os representantes dos negócios assim com a Conexsus entender e refletir sobre a atual situação do ecossistema de negócios, no que se refere às relações de cooperação existente entre negócios comunitários.
Para Jedson Barbosa, presidente da AAFCA, do município de Soure, o acesso ao mercado foi o grande destaque da oficina. “A experiência da oficina com a Conexsus foi uma vivência incrível por aproximar as instituições, conhecer e reconhecer o potencial de cada organização social. Foram apontadas as possibilidades de conexões de negócios e relacionando parceiros para chegar a um bem comum de acesso a mercados diferenciados”, destaca.
Para Isabel da Silva Janaú, Presidente da Cooperativa dos Agricultores e Agricultoras Familiares de Salvaterra (CAFAS), a oficina foi uma oportunidade de aplicar as metodologias no dia a dia da cooperativa. “Com a ajuda do método que a Conexsus aplicou, realizamos um raio-x e entendemos que temos as mesmas dificuldades e que, juntos, podemos encontrar soluções. Aguardamos por novas oficinas, sabendo que a Conexsus, com os outros parceiros do Projeto Marajó Resiliente, vão nos ajudar a encontrar essas soluções. A partir dos conteúdos desenvolvidos, iremos atrás dos gargalos que tanto impedem o crescimento de nossos empreendimentos comunitários”, afirma.
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