Os planos para o retorno dos astronautas que viajariam a bordo da nave Boeing Starliner enfrentaram mais um adiamento, o que afeta diretamente a missão Crew-10 da SpaceX. Originalmente prevista para fevereiro, a missão agora foi remarcada para março, adiando o retorno dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams à Terra.
A Boeing deveria ter completado o voo de teste tripulado da Starliner, batizada de “Calypso” por sua tripulação, até 2017. No entanto, problemas técnicos e atrasos orçamentários, que já ultrapassaram US$ 1,5 bilhão, prolongaram o cronograma.
A situação se tornou ainda mais complicada quando, durante uma viagem à Estação Espacial Internacional (ISS), a nave sofreu falhas, como a inoperância de cinco dos seus 28 propulsores e múltiplos vazamentos de hélio.
Apesar das tentativas de minimizar os problemas, a NASA decidiu retirar a tripulação da Starliner e realizar o voo de retorno sem humanos a bordo. Em vez disso, Wilmore e Williams foram integrados à missão Crew-9 da SpaceX que, depois de completar suas tarefas na ISS, deveria retornar em fevereiro, após a chegada do Crew-10, que assumiria as operações na estação.
Agora, esse calendário enfrentou um novo revés devido ao adiamento do lançamento do Crew-10 para março.
Os preparativos incluem a inspeção e preparação de um novo veículo Crew Dragon, que deve chegar à instalação de processamento da SpaceX em janeiro. Essa mudança força um rearranjo logístico para garantir assentos na volta de Wilmore e Williams, garantindo assim sua segurança e acomodação no retorno ao lar.
Diante desses adiamentos, a parceria entre NASA e SpaceX continua sendo crucial para manter a continuidade das operações na ISS enquanto se aguarda a retomada dos voos tripulados da Boeing Starliner. A situação destaca tanto as complexidades técnicas quanto as pressões financeiras que acompanham a exploração espacial comercial.
Por
Carlos Ferreira