Que o empresário Jamil Silva Amorim encontrava-se foragido da Policia, por liderar esquema milionário de extração ilegal de manganês no Pará, todos já sabam, inclusive a Polícia Federal e Polícia Civil do Estado, mas que o magnata do minério voltou para Belém, é notícia recente, que revolta a população e as empresas que buscam trabalhar de forma regular no Estado.
No mês de junho, a Polícia Federal esteve no edifício de luxo, o City Bay, localizado em Belém, para cumprir mandado de busca e apreensão na residência do empresário, mas sem êxito, pois Jamil Amorim não estava no local. Utilizando empresa sua propriedade, a Mineracão Três Marias LTDA, o empresário movimentou esquentamento diário de muitas toneladas de minério de manganês, em uma mina a céu aberto, localizada no Município de Marabá, com a emissão de mais de 2.000 notas frias, mas a área da mina segue intacta, sem a exploração efetiva.
As investigaões tiveram várias operações, com apreensão de minério até mesmo fora do Estado, mas oriundo de área desconhecida no Pará, com identificação fraudulenta das notas fiscais. Atordoado, com o cerco fechado, Jamil Amorim se evadiu da capital paraense e deixou na linha de frente o senhor Juscelino Kubstchek Pereira da Silva, batizado no meio empresarial, como “JK”, onde as ordens foram a mudança de rota da ilegalidade, conforme vem acontecendo.
Não bastasse a apreensão pela Policia Federal, de minério de manganês em Barcarena, Maranhão, com saída de Marabá e até mesmo no Estado do Amapá, o bando liderado por Jamil Amorim, agora escolheu a rota do município do Moju, no nordeste paraense. Segundo fontes fidedígnas das autoridades policiais, a carga continua saindo do famoso “buraco fundo”, da vila União, em Marabá, conhecida como mina do Dão, e segue até um porto de uma empresa madeireira, localizado às margens da ponte do rio Moju, com destino ao porto de Santana, no Amapá. A operação ocorre diuturnamente.
A carga de minério ilegal percorre quase 450 quilômetros pela Rodovia PA-150, passando por portos fiscais e com caminhões que usam placas adulteradas, até mesmo de motos. Sim, fazem uso de placas de motocicletas, para condução do intento criminoso, e o minério de manganês continua sendo movimentado ilegalmente no Pará.
O que chama atenção, é que depois de um período longe dos holofotes policiais, Jamil Amorim voltou ao seu apartamento de luxo, no Edifício City Bay, em Belém e assustou vizinhos, que relataram encontrá-lo em bom estilo, reunindo no último final de semana, com amigos parceiros, regado a champagnes Dom Pérignon, churrasco e muita ostentação, como se estivesse brindando a liberdade pelo esquema que encontra-se em pleno vapor, com vendas de minério ilegal para o mercado interno e para uma conhecida siderurgia de sete lagoas, em Minas Gerais, tudo sem qualquer licença ambiental e autorização dos órgãos fiscais.
A área da mina em Marabá, apontada nas notas ficais por Jamil Amorim, como local de origem do minério, já foi vistoriada pela Agencia Nacional de Mineração e periciada pelo Centro de Perícias Científicas do Estado, onde os órgãos foram categóricos em afirmar que o imóvel não sofreu qualquer intervenção exploratória pela empresa Três Marias, ou seja, o líder do esquema apenas usava a área para esquentar minério de manganês advindo de outro local, por meio de exploração ilegal.
As investigações prosseguem, mas o Autocrata da mineração no Pará segue a passos largos na gestão dos seus negócios, à revelia das autoridades, desafiando todos e comemorando sua liberdade em praticar o crime, que para ele, ainda compensa.
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