Esta semana, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), representada pelo secretário adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental, Rodolpho Zahluth Bastos, participou de uma Aula Magna de mestrado profissional em Inteligência Territorial e Sustentabilidade no Centro Universitário do Pará (Cesupa), em Belém.
A programação, que abriu as atividades acadêmicas, foi voltada para o público geral, mas teve como foco os discentes das turmas de 2024 e 2025 do programa de mestrado, que contaram com a palestra do secretário adjunto sobre a atuação da Semas nas questões ambientais do Estado.
Rosilene Almeida, moradora da ilha de Cotijuba, informou que está iniciando o programa de mestrado em Inteligência Territorial e Sustentabilidade. “O curso é inovador e traz uma proposta de interdisciplinaridade, de desenvolver essas atividades buscando novas tecnologias e conhecimentos para implementar nas comunidades em que atuamos, principalmente na seleção das ilhas. A Aula Magna trouxe o conhecimento do que tem sido desenvolvido em relação à gestão ambiental e às propostas para o estado do Pará”, concluiu.
O evento iniciou às 18h30 e seguiu com uma programação que fluiu entre o compartilhamento dos conhecimentos técnicos e a implementação das políticas públicas na prática.
O secretário adjunto Rodolpho Bastos esclareceu que a ideia da Aula Magna, proposta pela Cesupa, foi excelente. Ao escolher esse recorte para o mestrado profissional, que integra produção científica com entrega de produto à sociedade, conectando a temática de Inteligência Territorial com o aprimoramento da gestão pública, com reconhecimento do território como sistema dinâmico, complexo que envolve diferentes atores, uso de recursos naturais, relações de poder, conflito e de cooperação, cuja análise sistêmica de relações é indispensável para a gestão do território em múltiplas escalas.
“O processo de construção coletiva e participativa do território precisa integrar um olhar sobre diferentes atores, usos de recursos naturais, relações de poder, conflito e de cooperação, que incidem sobre o território. Os atores, usos e relações de poder e cooperação diferem de acordo com a escala territorial de análise, mas o resultado é fruto dessa rede sistêmica de relações que se dão em diferentes escalas. O exercício da interpretação multiescalar é portanto fundamental para o planejamento e execução da ação pública nos territórios. É importante sempre duvidar do status quo, porque nada nasce pronto, tudo evolui, é um processo natural da construção coletiva. Nesse sentido, manter o espírito crítico é fundamental para a evolução e questionar é dever de exercício cotidiano, pois, somente desta maneira se consegue inovar e trazer melhorias, junto com as novas tecnologias agregadas ao olhar de inteligência territorial e novas formas de gerir o território. Não há inteligência territorial sem aprendizagem territorial”, destacou.
O coordenador do programa de mestrado profissional e inteligência territorial do Cesupa, Marcos Paulo de Souza, explica que o mestrado em Inteligência Territorial e Sustentabilidade é um programa profissional que visa desenvolver soluções e discutir estratégias para o contexto do território amazônico.
“Começamos o nosso programa em março de 2024 e, hoje, nós estamos completando um ano do nosso primeiro momento, o professor Rodolpho, do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Desenvolvimento do Meio Ambiente (PPGEDAM/UFPA), nos trouxe a necessidade da gestão e regularização ambiental, que tem total consonância com a proposta do projeto do mestrado, justamente para apoiar questões de desafios do nosso território amazônico. A visão de Inteligência Territorial vem agregar as necessidades das dimensões da sociobiodiversidade e também da questão ambiental, para estarmos propondo soluções nesse cenário”, enfatizou Marcos.
Da Agência Pará