A junta militar que governa Mianmar anunciou na quinta-feira (17) uma anistia para 4.893 prisioneiros, em comemoração ao Ano-Novo budista, que coincide com uma visita a Bangcoc do general Min Aung Hlaing. O regime militar confirmou a medida em um breve comunicado, sem fornecer mais detalhes sobre os presos que serão beneficiados pelo indulto, embora as libertações tenham começado a ocorrer horas depois.
Dezenas de parentes se reuniram do lado de fora da Prisão de Insen, em Yangon, para dar as boas-vindas aos prisioneiros libertados, que deixaram a unidade a bordo de ônibus.
As pessoas que esperavam do lado de fora, carregando cartazes e gritando os nomes de seus entes queridos, criavam uma comoção toda vez que os ônibus passavam, dos quais alguns dos libertados desciam chorando para se reunir com suas famílias.
Até o momento, não se sabe se a anistia será concedida a algum dos 22.197 presos políticos atualmente na prisão, incluindo a vencedora do Prêmio Nobel da Paz e líder do governo democrático deposto, Aung San Suu Kyi, de acordo com os dados mais recentes da Associação de Prisioneiros Políticos de Mianmar (AAPP).
A anistia de prisioneiros, uma iniciativa comum em Mianmar em ocasiões especiais, coincidiu nesta quinta com a visita do líder da junta militar à capital tailandesa, onde teve uma reunião privada com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim.
O líder malaio, que ocupa a presidência rotativa deste ano da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), anunciou na última segunda (14) que pediria ao general birmanês que estenda o cessar-fogo temporário declarado em 2 de abril para facilitar a entrega de ajuda humanitária após o terremoto que atingiu seu país no final de março, onde deixou mais de 3.600 mortos.
Do Pleno.News com EFE