Fórum de Entidades do Trabalho quer corrigir distorções e abusos

O Pará detém os maiores números de trabalho informal do Brasil e também de denúncias de milhares de trabalhadores em sistemas análogos à escravidão. Segundo números compilados do IBGE pelo Dieese, cerca de 60% dos trabalhadores paraenses estão na informalidade, metade trabalhando sem carteira assinada como milhares de empregadas domésticas.

A fim de buscar soluções para essa realidade, o Ministério Público do Trabalho, a Superintendência Regional do Trabalho e entidades sindicais decidiram criar o Fórum de Entidades para discutir o trabalho na Amazônia e suas especificidades, aproximando trabalhadores e empregadores.

O superintendente regional do trabalho no Pará, Paulo Gaya, apoia a proposta e entende o Fórum como um mecanismo de diálogo para consensos coletivos ouvindo todos os segmentos, com aplicação de medidas corretivas se necessárias.

“É importante que o Fórum seja um canal confiável de diálogo entre patrões e empregados para garantir que os acordos sejam efetivamente cumpridos entre as partes e para a melhoria das condições de trabalho”, enfatiza Gaya.

As entidades estão se reunindo para propor o arcabouço do Fórum ou de um Conselho Trabalhista que deverá ser instalado ainda este ano.

Foto: Reprodução