Lindbergh diz que ato na Paulista vai sepultar projeto de anistia

O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), considera que o teor das críticas feitas ao presidente da Casa, Hugo Motta (União Brasil-PB), durante o ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no domingo (6) na Avenida Paulista, em São Paulo, deve sepultar planos de que um projeto de anistia vá à pauta de votações em plenário.

Para o petista, a manifestação terá efeito oposto ao pretendido pelos apoiadores de Bolsonaro. Impulsionado pela repercussão da pena de 14 anos de prisão proposta à mulher que pichou com batom monumento do Supremo Tribunal Federal (STF), o protesto foi convocado com o objetivo de pressionar pela anistia dos envolvidos nos ataque de 8 de janeiro de 2023.

– Enterraram de vez o PL [projeto de lei] da Anistia. E o ataque a Hugo Motta vai isolá-los aqui na Câmara e tirar definitivamente esse projeto de uma possibilidade de ser pautada – afirmou o parlamentar.

O petista avaliou ainda o ato como “fraco” por causa da adesão menor que a de outras manifestações convocadas por Bolsonaro. Segundo o Monitor do Debate Público do Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), compareceram 44,9 mil pessoas. O levantamento é feito a partir de fotos das aéreas no momento de pico da manifestação.

A menção mais dura feita a Hugo Motta partiu do pastor Silas Malafaia, um dos principais organizadores da manifestação deste domingo. O líder evangélico disse que o presidente da Câmara está “envergonhando o honrado povo da Paraíba” ao não se empenhar no andamento do projeto.

Lindbergh Farias entende que a pressão pretendida pela direita sobre Motta não deve surtir efeito.

– Quem conhece o Hugo Motta, presidente da Câmara, acha mesmo que depois desses ataques, dessas grosserias, ele vai pautar o projeto? – questionou Lindbergh.

Do Pleno.News