Iniciativas desenvolvidas pelo MTur proporcionaram avanços e conquistas ao Brasil em 2024.
Os números de desempenho do turismo nacional em 2024 não deixam dúvidas: o Brasil está em ascensão no cenário global. A avaliação é do ministro do Turismo, Celso Sabino, que, após um ano de vários recordes na área, ressalta que os resultados refletem avanços de diversas ações do governo federal no sentido de consolidar o Brasil entre os líderes mundiais do segmento, com visíveis reflexos na economia nacional e na geração de emprego e renda.
Um dos exemplos vem da parceria junto à ONU Turismo, que, além de já ter no Brasil a primeira representação da entidade nas Américas e no Caribe, elegeu neste ano o país para presidir o seu Conselho Executivo em 2025, posto mais alto do ramo quanto à tomada de decisões e que vai assegurar protagonismo nas estratégias de atração de investimentos, sustentabilidade e mudanças climáticas, entre outras.
Outra conquista do turismo no período foi a ampliação da conectividade aérea, campo no qual o Brasil registra sucessivos avanços na ligação com outras nações mundo afora e, também, entre os seus próprios destinos. Os esforços do Ministério do Turismo resultaram na crescente chegada de estrangeiros e em uma movimentação cada vez maior de brasileiros no país, impactando positivamente as economias locais.
O ano teve ainda como marcas o incentivo e a facilitação de viagens no país e o forte apoio do MTur ao aprimoramento de destinos e empreendimentos privados. O trabalho englobou ações como a continuidade do Programa “Conheça o Brasil: Voando”, o repasse de verbas para obras de infraestrutura turística em todo o país e a disponibilidade de crédito a empreendedores privados com condições especiais de pagamento por meio do Fundo Geral de Turismo (Novo Fungetur).
Em 2024, o MTur também promoveu eventos que reforçam a visibilidade dos atrativos nacionais, como o 8º Salão do Turismo e o 1º Feirão do Turismo, além de proporcionar suporte à realização da COP 30 de 2025, na cidade de Belém (PA). Houve, ainda, a sanção da nova Lei Geral do Turismo, que adequa o setor a dinâmicas atuais; e o lançamento do Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024-2027, que busca consolidar o ramo como vetor do desenvolvimento sustentável.
Ao longo do ano, as agendas internacionais do ministro Celso Sabino miraram a atração de investimentos estrangeiros ao turismo brasileiro. A programação abarcou várias reuniões bilaterais e com potenciais interessados em desenvolver atividades turísticas no país, incluindo passagens por eventos do setor na Alemanha, em Cuba, na Espanha, em Omã, no Paraguai, em Portugal, na Rússia e em Singapura, entre outras localidades.
Na entrevista a seguir, Celso Sabino aborda as principais realizações do turismo nacional em 2024 e as perspectivas do setor para o futuro. Confira!
1) Ministro Celso Sabino, como o senhor avalia o posicionamento do turismo brasileiro alcançado no cenário internacional?
O turismo brasileiro colhe os resultados da nova imagem do Brasil no exterior, de um país agora devidamente compromissado com a sustentabilidade, a diversidade, a inclusão e a democracia. Prova desse reconhecimento é a própria instalação do Escritório da ONU Turismo no Rio de Janeiro (RJ) e a presidência inédita do Conselho Executivo da entidade, que ampliam a nossa visibilidade internacional e o trabalho de promoção externa do nosso país.
Outro indicativo da nossa força turística é a crescente atração de recursos estrangeiros. De janeiro a setembro, segundo o Banco Central, o Brasil recebeu mais de R$ 1,28 bilhão de investimentos em atividades ligadas ao turismo, uma alta de mais de 230% na comparação com 2023. Esse quadro evidencia o fortalecimento do Brasil como um hub turístico global, com o país se consolidando como um destino estratégico também para investimentos.
2) Quanto à conectividade aérea, de que forma o Brasil avançou na oferta de mais voos para viagens internas e também as provenientes do exterior?
Em parceria com as companhias aéreas, o MTur desenvolve o Programa “Conheça o Brasil: Voando”, cooperação essa iniciada em 2023 e que acaba de ser renovada. Isso vai proporcionar, de dezembro a fevereiro, 10,7% a mais de voos disponíveis no país em relação ao mesmo período de 2023, totalizando 184,5 mil operações, assim como uma oferta de assentos em aeronaves 12% maior, de 29,8 milhões de lugares.
Além disso, em junho, o 1° edital do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI), parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos e a Embratur, resultou em mais de 70 mil assentos em voos estrangeiros ao Brasil até o final de março de 2025. E já lançamos a nova estratégia do programa para o ano que vem, que será regional. O primeiro edital vai ser para o Nordeste, com investimentos previstos de R$ 24 milhões.
3) Em 2024, o MTur proporcionou um investimento importante para a estruturação de destinos e atrativos no país. Como foi promovido esse trabalho?
Uma das ações foi o apoio financeiro à realização de obras de infraestrutura turística, como a reforma de orlas, a pavimentação de acessos a atrativos turísticos e a construção de centros de eventos. Nós concluímos mais de 500 projetos do tipo, com recursos empenhados que superam R$ 680 milhões.
Outra importante ação se deu por meio do acesso de empreendedores a financiamentos do Fungetur, que teve disponibilizado mais de R$ 1 bilhão neste ano, com 1,9 mil operações já contratadas. O fundo proporcionou, inclusive, apoio a empresários afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul em maio, com a oferta de R$ 200 milhões. E para a preparação da COP 30 foram disponibilizados mais de R$ 320 milhões do Fungetur para empreendedores do Pará incrementarem seus negócios.
4) Falando de economia, quais os principais reflexos das ações adotadas pelo MTur para impulsionar o desenvolvimento do ramo?
De janeiro a setembro deste ano, por exemplo, conforme dados da FecomercioSP, o turismo nacional faturou R$ 148,3 bilhões, o maior valor em 13 anos. E alguns números de desempenho do setor ajudam a explicar o resultado. Até novembro, o Brasil já ultrapassou o total de turistas estrangeiros recebidos em todo o ano de 2023: 5,967 milhões, superando os 5,908 milhões do acumulado de 12 meses do ano anterior. O número dos primeiros 11 meses de 2024 é o maior da série histórica para o período.
Além disso, de janeiro a novembro, segundo dados do Banco Central, turistas internacionais movimentaram US$ 6,62 bilhões na economia brasileiras, a maior cifra dos 11 primeiros meses do ano desde 1995. O número é 5,3% superior ao verificado no mesmo período de 2023 (US$ 6,29 bilhões) e ultrapassa, inclusive, o valor de igual época em 2014 (US$ 6,30 bilhões), quando o país sediou a Copa do Mundo de Futebol.
5) Olhando para o futuro, de que forma o senhor enxerga as perspectivas de avanços do turismo brasileiro?
O horizonte é muito promissor. Até porque, com a equipe técnica altamente qualificada do MTur – à qual agradeço pelo empenho – e juntamente com o trade turístico, com quem dialogamos constantemente, adotamos ações que pavimentam o crescimento sustentável do turismo nacional. Isso inclui a nova Lei Geral do Turismo, que fortalece a atuação do ramo; e o PNT 2024-2027, com metas e programas para tornar o Brasil líder sul-americano na recepção de visitantes.
E em 2025 sediaremos grandes eventos globais: a Cúpula do BRICS e a COP 30, em Belém (PA), que, após a liderança do G20 pelo Brasil, que aconteceu neste ano, vão novamente atrair atenções mundiais. Aliás, 2025 já se inicia com o Brasil sendo o país homenageado da Feira Internacional de Turismo de Madri, em janeiro, o 1° grande evento internacional do setor, que abre o calendário do ano no ramo. O Brasil está mais forte do que nunca no turismo, e em 2025 vamos continuar trabalhando forte e juntos para posicionar o nosso país onde ele merece estar no cenário turístico mundial.
Por André Martins/Mtur
Crédito: Roberto Castro / Divulgação MTur