O “Festival da BioAmazônia: Inovação e Sustentabilidade” atraiu mais de sete mil pessoas nos três dias de evento, realizado entre 6 e 8 de novembro, no Hangar Centro de Convenções, em Belém (PA). Com entrada gratuita, o festival destacou a importância da bioeconomia como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, reunindo empreendedores, pesquisadores e investidores interessados em soluções inovadoras para a região.
Promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), o evento fez parte da programação da “Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias”. Durante o festival, o público teve a oportunidade de conhecer mais de 40 estandes de empresas locais que apresentaram produtos e tecnologias inovadoras voltadas para o uso sustentável dos recursos naturais da Amazônia. Entre os itens expostos estavam joias, cosméticos, bebidas, moda, artesanato e muito mais, desenvolvidos com matérias-primas da floresta.
Gabriela Alarcon, engenheira de alimentos startup Raízes do Açaí, uma das expositoras do festival, compartilhou seu trabalho focado no reaproveitamento da semente do açaí, um subproduto que muitas vezes é descartado. A empresa, com sede em Belém e produção em Castanhal, apresentou ao público o “Café do Açaí”, uma bebida rica em antioxidantes, inulina, probióticos e taninos, que traz benefícios nutricionais significativos para a saúde.
“Estou muito feliz por participar do Festival da BioAmazônia e poder mostrar o potencial da semente do açaí. O ‘Café do Açaí’ é um produto inovador, que além de ser delicioso, oferece diversos benefícios para a saúde, como a melhora da digestão e o fortalecimento do sistema imunológico. Acreditamos que o reaproveitamento da semente contribui para a sustentabilidade e traz um valor agregado para a economia local,” explicou Isabela.
Um espaço de conexão e oportunidades
Um dos destaques do evento foi a “Arena da Inovação”, que reuniu mais de 30 projetos bem-sucedidos na aplicação da bioeconomia na Amazônia. Esses projetos mostraram como a inovação pode gerar impactos positivos tanto na preservação ambiental quanto no desenvolvimento social e econômico da região.
A programação do Festival também contou com rodadas de negócios, oficinas sobre internacionalização e discussões sobre as possibilidades da bioeconomia para a indústria. O presidente interino da FIEPA, Hélio Melo Filho, ressaltou a relevância do festival para a promoção da economia local.
“Este festival é uma verdadeira vitrine para as empresas da Amazônia, um espaço onde os empreendedores têm a oportunidade de apresentar suas inovações criadas a partir dos recursos naturais da nossa região. Ao promover essas iniciativas, buscamos fortalecer a geração de emprego e renda e impulsionar o desenvolvimento sustentável da Amazônia,” afirmou o presidente.
O Festival da BioAmazônia faz parte do projeto “Jornada COP+”, liderado pela FIEPA, que visa construir uma nova agenda econômica, social e ambiental para a indústria na região. O objetivo é proporcionar uma ampla discussão sobre inovação e sustentabilidade, com atividades voltadas tanto para o setor empresarial quanto para a academia e o público interessado na temática da bioeconomia.
Imagens: Pedro Sousa