Spinning: prática alia baixo impacto articular a gasto de energia

Há alguns anos, o spinning entrou na rotina de muitas academias. Hoje, existem estúdios especializados na atividade, com aulas embaladas por músicas agitadas e luzes neon. A prática aeróbica é bastante eficaz para o emagrecimento e para a melhoria da capacidade cardiorrespiratória – o baixo impacto articular é outro benefício, desde que não se exagere na intensidade do exercício.

A ideia é simples: uma bicicleta ergométrica específica para o spinning, fixada no chão, permite fazer treinos de diferentes intensidades, com a simulação de variados tipos de terreno.

Para moradores de cidades grandes ou para quem não tem uma bicicleta, a prática do spinning pode ser uma alternativa prática a pedalar pelas ruas e ainda exercita vários grupos musculares – desde as pernas até o abdômen (o famoso core).

O que é spinning?
A prática de spinning guarda algumas semelhanças com o uso das bicicletas ergométricas nos treinos de academia, mas nos últimos anos se tornou um tipo de exercício especializado.

As bicicletas de spinning costumam oferecer mais funcionalidades, possibilitando simular diferentes terrenos. Mesmo em um ambiente interno, dá para variar entre pedalar em uma região plana ou aumentar a intensidade e subir uma ladeira, por exemplo.

A energia gasta no spinning costuma ser maior. As sessões coletivas de spinning oferecidas por estúdios e academias chamam atenção pela quantidade de calorias que podem ser queimadas em um treino.

Motivada por professores de educação física e pelas músicas animadas das aulas, a prática pode se tornar bastante exigente – o que demanda também um cuidado especial com os limites do corpo de cada um.

Quais os benefícios do spinning?
Grande parte das pessoas procura o spinning com objetivo de perder peso. Não é à toa: uma hora de treino pode gerar a queima de até 800 calorias.

Outra vantagem é que o spinning pode ser considerado uma atividade bastante democrática: como tem menor impacto articular do que outros exercícios aeróbicos, como a corrida, pode ser praticado por muita gente, desde que haja liberação médica e acompanhamento próximo de profissional de educação física.

Mas o exercício ainda traz outros benefícios:

O spinning ajuda a fortalecer a musculatura da região inferior – com foco nas pernas e glúteos;
Dá para diminuir as celulites com os treinos;
A prática fortalece o abdômen;
A capacidade cardiorrespiratória é aumentada;
É possível reduzir taxas de colesterol e glicose;
A circulação sanguínea nas pernas melhora;
Como é uma atividade de baixo impacto articular, ajuda a evitar e recuperar lesões;
Com acompanhamento adequado, o spinning pode ser pratico por pessoas de todas as idades;
E de quebra, a liberação de hormônios alivia o estresse.
Como praticar spinning?
O ideal é que as aulas sejam orientadas por um profissional de educação física, responsável por controlar o ritmo e a intensidade dos movimentos.

Para a prática, são utilizadas bicicletas ergométricas específicas para spinning. O tempo de exercício pode variar de 30 a 60 minutos e há várias modalidades de treinos:

De força: simula uma subida e tem o objetivo de fortalecimento as pernas;
De alta intensidade: o objetivo é pedalar o mais rápido possível do início ao fim;
Endurance: aqui, o objetivo é a resistência, mantendo um ritmo constante mesmo que em uma intensidade mais baixa;
Intervalado (também chamado de HITT): intercala momentos mais pesados com momentos mais leves, de mais velocidade;
Fartlek: reúne as principais características de todos os treinos em um só.
Cuidados essenciais
Para que a prática seja feita da maneira mais segura e adequada, é importante seguir algumas dicas, lembrando que o acompanhamento de um profissional de educação física é sempre recomendado.

Embora o spinning seja uma prática de baixo impacto sobre as articulações, o risco é ultrapassar os limites do corpo e fazer um treino muito intenso, em especial quando as aulas são coletivas.

Com o apoio de amigos de treino, fica fácil dobrar a meta de exercícios e ignorar o limite de cada um. Um dos perigos é a rabdomiólise: doença que acontece quando o corpo reage a uma lesão muscular grave. A dica é começar de leve e sempre ter acompanhamento adequado.

Confira alguns cuidados com o equipamento e a postura na hora de praticar spinning:

Altura do banco: deve ser a altura do osso do quadril. Posicione-se em pé ao lado do selim e ajuste se for necessário;
Altura do guidão: deve ser mais alta do que a altura do banco. Quanto mais alto o guidão, mais confortável será pedalar (desde que não cause sobrecarga na lombar);
Distância entre o banco e o guidão: os braços não podem ficar muito esticados e nem muito colados ao corpo;
Ajuste da presilha dos pés: confira se a presilha está funcionando bem e mantenha-a firme e confortável para evitar acidentes como escorregões.

Fonte Saúde.Abril
Por Gabriel Bortulini
(Freepik/Freepik)