Descoberta arqueológica em necrópole egípcia revela 63 tumbas antigas e tesouro de ouro

Uma escavação em andamento em Damietta, no Egito, revelou um total de 63 tumbas de mais de 2.500 anos atrás. Além das tumbas, os arqueólogos encontraram um tesouro de artefatos de ouro, moedas e cerâmica. Segundo o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, os artefatos são essenciais para desvendar os segredos da antiga civilização egípcia.

Entre os achados, destacam-se amuletos funerários e estátuas ushabti, datadas da 26ª Dinastia do Período Tardio (664 a 525 a.C.). A escavação também revelou 38 moedas de bronze da era ptolomaica. Essas moedas estavam guardadas em um vaso de cerâmica, reforçando a importância econômica do local na antiguidade.

 

Necrópole de Tal al-Deir e Suas Tumbas Milenares
A necrópole de Tal al-Deir, onde a escavação está acontecendo, é um cemitério elaborado de uma cidade antiga. Este sítio arqueológico foi especialmente ativo durante a 26ª Dinastia, mas continuou sendo usado durante a era romana e bizantina. Essas descobertas ajudam a entender melhor as práticas funerárias e a estratificação social da época.

O Que os Artefatos Significam para Nossa Compreensão do Antigo Egito?
De acordo com Salima Ikram, professora de egiptologia da Universidade Americana do Cairo, os objetos descobertos, particularmente os amuletos de ouro, indicam que a necrópole abrigava uma população de alto status social. Além disso, esses artefatos oferecem uma visão abrangente sobre as práticas religiosas e sociais do Período Tardio egípcio.

Qual a Importância das Moedas e Amuletos Descobertos?
Segundo Kotb Fawzy, um funcionário do Ministério do Turismo e Antiguidades, a escavação revelou uma tumba de uma pessoa de alto status social. Esta tumba continha figuras de papel-alumínio de ouro que representavam símbolos religiosos e ídolos antigos do Egito. Os amuletos funerários eram encantos utilizados para proteger os mortos e, combinaram-se com as figuras ushabti para auxiliar os falecidos na vida após a morte.

Como as Tumbas de Damietta Refletem a Condição e Riqueza dos Antigos Egípcios?
A missão de escavação e exploração da necrópole em Damietta está em andamento há anos. Em 2019, o ministério anunciou a descoberta de sete moedas de ouro datadas do período bizantino do Egito (284 a 641 d.C.). Mais recentemente, uma descoberta em 2022 revelou 20 tumbas, contendo figuras de divindades egípcias como Bastet e Hórus.

Variedade de Técnicas Funerárias
Um dos aspectos mais interessantes dessa escavação é a diversidade nas técnicas funerárias documentadas. Segundo Lorelei Corcoran, professora de história da arte e diretora do Instituto de Arte Egípcia e Arqueologia da Universidade de Memphis, os enterros variam desde simples fossos até estruturas de tijolos de barro e calcário para os mais ricos.

Impacto das Descobertas
Essas descobertas são fundamentais para ampliar nosso entendimento sobre a sociedade egípcia antiga. Os artefatos demonstram uma clara divisão de riqueza e status, proporcionando um vislumbre das práticas e crenças religiosas e sociais da época.

Pesquisas Futuras e Expectativas
Os arqueólogos continuam trabalhando no local de Tal al-Deir, e a expectativa é que novas descobertas possam ainda mais iluminar os costumes e a vida cotidiana do antigo Egito. Com o avanço das escavações, há esperança de encontrar mais evidências que possam esclarecer como os egípcios antigos viviam, adoravam e se preparavam para a vida após a morte.

Fonte Terra Brasil Notícias
Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito.