Pesquisa aponta que candidato opositor de Maduro está com 60% de intenções de votos

A política venezuelana está mais uma vez sob os holofotes mundiais com as próximas eleições de 28 de julho de 2024, uma data que promete ser crucial para o futuro do país. A disputa coloca frente a frente o atual presidente, Nicolás Maduro, e Edmundo González Urrutia, que se mostra como a principal figura da oposição. Os resultados preliminares de pesquisas indicam uma vantagem significativa para González, um indicativo de possível mudança no comando do país sul-americano.

Apesar de Maduro contar com 24,6% das intenções de voto, sua popularidade tem sido severamente impactada por uma série de crises políticas e econômicas que marcaram sua gestão. Por outro lado, Edmundo González Urrutia, apoiado por uma ampla coalizão de partidos do centro à esquerda moderada, lidera as sondagens com 59,1%. Estes números refletem um forte desejo de mudança entre os eleitores, como expresso nas entrevistas realizadas pelo Instituto Delphos.

Representando a esperança de renovação política para muitos venezuelanos, Edmundo González Urrutia tem consolidado apoio através de sua plataforma de governo que promete reformas sociais significativas e uma abordagem mais diplomática nas relações internacionais. Seu posicionamento como centro moderado e suas propostas de alianças estratégicas têm sido decisivos para capturar a atenção dos eleitores indecisos.

O que dizem as pesquisas sobre a eleição venezuelana?
De acordo com a pesquisa do Instituto Delphos, realizada entre os dias 5 e 11 de julho, mais de 80% dos eleitores registrados afirmaram que irão às urnas, indicando uma alta participação eleitoral. Isso é relevante, considerando que o voto na Venezuela não é obrigatório. Além disso, enquanto uma parcela considera a mudança política “muito necessária”, a avaliação de Maduro como presidente oscila majoritariamente entre “ruim” e “muito ruim”.

Quais são os principais desafios para Nicolás Maduro?
Mesmo com um histórico de reeleições, Nicolás Maduro enfrenta agora o maior desafio de sua carreira política. Acusado de autocracia e com uma gestão marcada por inúmeras controvérsias, seu regime tem sido constantemente criticado tanto interna quanto externamente. O próprio Maduro reconheceu a tensão premente, sugerindo até mesmo consequências drásticas caso perca o pleito.

A campanha para as eleições de 28 de julho tem sido acirrada, com incidentes de violência e vandalismos relatados contra a campanha da oposição. Observadores internacionais, incluindo representantes do Tribunal Superior Eleitoral, estão sendo mobilizados para garantir a integridade do processo eleitoral venezuelano.

Em resumo, estas eleições são mais do que uma escolha entre dois candidatos; elas representam um possível ponto de virada para a Venezuela. Com uma população clamando por mudanças significativas e um panorama político polarizado, o resultado em 28 de julho poderá definir o futuro do país nos próximos anos. A comunidade internacional permanece atenta, esperando que este pleito possa ser conduzido de maneira justa e transparente, pavimentando o caminho para a recuperação de uma nação profundamente marcada por crises.

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