O Ministério do Turismo coordenará um Grupo de Trabalho Interinstitucional para orientar o desenvolvimento turístico sustentável do Baixo Tapajós, no Pará. A Portaria MTUR Nº 27, assinada pelo ministro do Turismo, Celso Sabino, foi publicada nesta segunda-feira (08.07) no Diário Oficial da União. Os técnicos ministeriais irão elaborar, por meio da atividade turística, um plano de desenvolvimento para a região, contemplando os municípios de Belterra e Santarém. As cidades fazem parte do Mapa do Turismo Brasileiro.
O Grupo apresentará um diagnóstico do Baixo Tapajós contendo informações sobre a atual oferta turística e o potencial para a atividade na região, além de orientar a elaboração do Plano de Desenvolvimento do Turismo Sustentável. O documento deverá conter diretrizes, metas, ações, estrutura de governança e estimativa de impacto orçamentário para sua implementação.
A ideia é desenvolver mecanismos e propor medidas para auxiliar na solução de problemas que dificultam o desenvolvimento do turismo sustentável na região. Entre as áreas trabalhadas estão: infraestrutura e saneamento básico; ordenamento e regularização da região; estruturação de produtos e experiências turísticas e estratégia de marketing para promoção da região; fomento à economia criativa e circular; atração de investimentos, parcerias e concessões para a região, além da criação e acesso a linhas de crédito voltadas ao fomento da atividade turística na região.
Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, a iniciativa fortalecerá a oferta de experiências a visitantes do estado durante a COP 30 em Belém, em 2025, favorecendo a geração de emprego e renda no estado. “Estamos fortemente empenhados em garantir que o Pará e toda a Amazônia possam apresentar suas belezas naturais e culturais únicas para o mundo. E esse trabalho criará novas oportunidades para as populações indígenas e ribeirinhas do Baixo Tapajós, proporcionando o adequado aproveitamento do potencial da região”, destaca.
O Grupo de Trabalho Interinstitucional, com duração inicial de seis meses, é composto pelos ministérios do Turismo; da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos; do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e da Integração e do Desenvolvimento Regional.
Também integram o GT representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Governo do Estado do Pará.
PREPARAÇÃO – O Ministério do Turismo tem promovido uma série de ações de preparação do setor para a COP 30. Entre elas, foi realizado um aporte de R$ 100 milhões do Fundo Geral de Turismo (Novo Fungetur) para a concessão de financiamentos em condições especiais a empreendimentos turísticos privados do estado, contemplando a realização de obras e obtenção de capital de giro.
Outra ação é a implementação de um projeto de desenvolvimento do turismo de base comunitária na cidade de Belém e nas ilhas metropolitanas dos arredores da capital paraense, em parceria com a Caixa Econômica Federal e a Embratur. A iniciativa contará com um investimento de R$ 6 milhões do Fundo Socioambietal da Caixa e possibilitará expandir a oferta de experiências autênticas e que envolvem a participação ativa de comunidades nativas da região.
ATRATIVOS – Conhecida como “A Pérola do Tapajós”, Santarém se destaca pela singular cerâmica tapajônica, além das deslumbrantes praias fluviais do distrito de Alter do Chão. Belterra abriga atrativos naturais e culturais, como o Museu de Ciência da Amazônia (MuCA), que ajuda o visitante a conhecer a trajetória local. Situado no antigo prédio da administração da Companhia Ford, o espaço retrata a influência da empresa na região, com exposições interativas e artefatos históricos.
Por André Martins
Crédito: Tiago Silveira/MTur Destinos