Após o desastroso empate na estreia da Copa América contra a Costa Rica, a seleção brasileira enfrenta nesta sexta-feira, 28, o Paraguai, em partida válida pela segunda rodada da competição, às 22 horas (horário de Brasília). Brasileiros e paraguaios precisam da vitória caso queiram ter chances de classificação para o mata-mata na última rodada da primeira fase.
A dificuldade em finalizar e a pouca criatividade foram as marcas da estréia brasileira, e não se pode prescindir de um jogador como Vini Jr na metade do segundo tempo como fez Dorival.
Os Paraguaios estrearam perdendo para Colômbia por 2×1, e em caso de derrota para a seleção brasileira já estão fora do torneio, por consequência apenas cumprem tabela na última rodada da fase de grupos.
Enquanto isso, há um notável clima de tensão entre os torcedores e a imprensa sobre o que podemos esperar da equipe canarinha.
O que veremos hoje? O Brasil da estréia de Dorival contra a Inglaterra, forte, combativo e criativo, ou o da estreia, um time sonolento e de pouca criatividade?
Dúvidas que pairam no ar.
A pressão está toda do lado brasileiro, evidentemente. O Paraguai entra como uma espécie de franco-atirador. Historicamente, é uma seleção conhecida por seus bons defensores e por isso, ser extremamente retranqueira, como se diz na gíria do futebol. Assim sendo, é um jogo de extremo risco, pois eles não tem nada a perder e sabem que a obrigação da vitória é 100 por cento canarinha.
Essa situação atual da seleção faz lembrar um momento específico.
Em 2001, Luís Felipe Scolari iniciava seu trabalho na seleção com uma vexatória participação na copa américa, com direito a uma derrota para Honduras. Derrota esta que quase custou o cargo ao gaúcho, que ainda sofreria para classificar a equipe para a copa do mundo, conseguindo o objetivo a duras penas. Porém, a paciência trouxe seus frutos, com o penta campeonato.
Será que isso poderia acontecer agora, mais de 20 amos depois? Veremos com o decorrer do tempo.
O passado mostra que sofrimento pode valer a pena no final. Como valeu naquela ocasião!
Esperemos uma mudança de atitude com urgência, de preferência a que foi vista na partida contra a Inglaterra, há alguns meses e que empolgou muitos.
Dorival tem sua parcela de culpa, evidentemente, mas a maior responsável pela crise é da CBF. Após a eliminação para a Croácia em 2022, a entidade gestora do futebol brasileiro levou mais um ano para contratar definitivamente um técnico.
As desastrosas passagens de Ramon Menezes e Fernando Diniz, que eram apenas um tapa buraco para a suposta chegada do italiano Carlo Ancelotti, mostraram a desorganização, já que isso nunca havia acontecido na história. Para piorar e aumentar o constrangimento, a contratação sequer se concretizou, pois o técnico renovou seu contrato com o Real Madrid, o que evidenciou a vergonha perante o mundo.
Diante de todo o histórico recente, a vitória acalmaria um pouco os ânimos nesse momento, mas acima de tudo, uma exibição convicente seria de bom grado no momento.
Por: Lucas Leal
Foto Trivela