Conforme detalhado em uma comunicação oficial do Ministério das Relações Exteriores da Jordânia, a peregrinação anual do Hajj, que aconteceu neste domingo, 16, foi marcada por uma tragédia, em parte provocada por uma onda de calor extremo, que resultou na morte de 14 pessoas, enquanto outras 17 continuam desaparecidas.
As altíssimas temperaturas, que atingiram picos próximos a 47 °C, foram apontadas como uma das principais causas desse doloroso acontecimento.
O Hajj é um dos maiores encontros religiosos globais e ocorre em Meca, na Arábia Saudita, atraindo milhões de fiéis de todo o mundo.
Neste ano, o evento acrescentou uma preocupante contagem de vítimas relacionadas às adversidades climáticas extremas, alertando para os crescentes desafios trazidos pelas mudanças climáticas.
Onda de calor provoca mortes na peregrinação anual do Hajj
No coração do evento religioso que reuniu os peregrinos no topo do Monte Arafat, o calor implacável foi um adversário brutal para os participantes, muitos dos quais não estavam preparados para enfrentar as condições desérticas exacerbadas.
Registros locais e alertas das autoridades sauditas já indicavam que o calor poderia ser insuportável, sugerindo temperaturas que rondavam os 48 °C durante os dias do evento.
Medidas de segurança e assistência aos peregrinos
Frente às severas condições climáticas, diversas medidas de prevenção e assistência foram estrategicamente implementadas.
O porta-voz do Ministério da Saúde da Arábia Saudita enfatizou a importância de cada peregrino levar consigo recursos para se proteger do sol e se manter hidratado.
Além disso, uma força-tarefa especial composta por mais de 1.600 profissionais, entre médicos e primeiros socorros, foi mobilizada para oferecer apoio imediato no local.
Os esforços da Jordânia e a reação internacional
O reino da Jordânia tem sido rigoroso no acompanhamento e suporte às vítimas e suas famílias.
Relata-se que a maioria das vítimas não fazia parte da delegação oficial jordaniana, o que levanta questões sobre a preparação e a obtenção de licenças necessárias para participação no Hajj.
Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha atentamente, expressando condolências e oferecendo suporte através de suas missões diplomáticas na Arábia Saudita.
O incidente deste ano serve como um trágico lembrete dos riscos associados a um dos pilares mais significativos da fé islâmica.
Com o passar dos anos, o governo saudita tem investido fortemente em infraestrutura e tecnologia para acomodar os peregrinos, mas o desafio do clima extremo permanece iminente, tornando vital a contínua adaptação e melhoramento das condições de realização do Hajj.
As lições deste ano, marcadas por perdas e desafios, devem guiar futuras preparações e estratégias para garantir que a fé e a segurança caminhem juntas sob o sol escaldante de Meca.
Fonte O Antagonista