Há vários dias, um grupo de manchas solares está em estado de erupção quase constante. Desde a semana passada, o complexo AR3638-47 tem disparado dezenas de jatos de plasma para o espaço – mas, felizmente, nenhum deles atingiu a Terra.
Pelo menos, por enquanto. De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, a estrutura magnética do grupo de dez manchas solares está direcionando os detritos para o sul, a uma posição que garante que as ejeções de massa coronal (CMEs) resultantes das explosões não vão passar pelo planeta.
No entanto, uma exceção pode estar a caminho. Um dos jatos emitidos nesta segunda-feira (22) poderia ter um componente voltado para a Terra. Um modelo da NASA de atividade recente da CME sugere que há chances de uma nuvem de tempestade solar passar “raspando” pelo campo magnético do nosso planeta durante a madrugada de sexta-feira (26).
A CME em movimento lento está se dirigindo principalmente para o sul do globo, mas seu flanco norte pode dar um golpe suficiente para desencadear uma pequena tempestade geomagnética da classe G1 – a mais fraca em uma escala definida pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) que vai até G5).
Isso quer dizer que localidades em latitudes mais extremas podem esperar por auroras. Eventos desse nível também podem provocar oscilações fracas em sistemas elétricos e impactos leves em operações de satélites, além de afetar o comportamento de animais migratórios.
Flavia Correia
Crédito: AIA/SDO/NASA